BARBANEGRA
Seu nome verdadeiro era Edward Teach. Natural de Bristol, na Inglaterra, onde nasceu em data desconhecida, descendia provavelmente de família instruída, porque sabia ler e escrever. Em princípio do século 18, época em que as grandes potências empregavam mercenários do mar para atacar e saquear navios, ele se uniu a um grupo de marinheiros que haviam lutado contra a França, e foi então que se tornou corsário.
A partir de certa época começou a navegar com o capitão Benjamim Hornigold, um conhecido pirata, assumindo o semblante e o modo de vestir que deixava os inimigos aterrorizados: mais alto que a maioria dos homens de sua época, usava barba negra trançada que cobria a parte inferior do seu rosto e lhe caía sobre o peito, vestia capa e chapéu negros, e trazia à cintura várias pistolas, como se estivesse desejando demonstrar que estava sempre pronto para a luta (na ilustração, Barbanegra segundo uma litografia do século 18).
Mas com o fim da guerra contra a Espanha, em 1713, os bucaneiros oficiais perderam um emprego que lhes garantia excelente provisão de rendas, já que costumavam desviar parte do saque. Teach, como muitos outros marinheiros, passou então a atuar de forma independente, formando para isso um bando de piratas. Sua estratégia de ataque no mar, conforme revelam alguns registros sobre a vida do bucaneiro mais famoso de que a história tem notícia, era sempre a mesma.
Ao constatar qual a bandeira do navio que se aproximava do dele, e que embora ainda distante era observado cuidadosamente pelo capitão graças a uma luneta de longo alcance, ele içava em seu barco um pavilhão com as mesmas cores, substituindo-o pelo dos piratas – caveira sobre dois ossos cruzados – somente quando já estava suficientemente perto para disparar tiros de canhão contra o inimigo na iminência de ser abordado, como que a alertá-los sobre sua exigência de rendição imediata. Geralmente os navios mercantes se entregavam sem luta, mas caso não o fizessem, eram invadidos pelos piratas, que para isso se valiam de cordas presas a ganchos atirados contra as velas adversárias.
Barbanegra (Blackbeard, em inglês), começou a atuar em 1716, na costa atlântica dos Estados Unidos e da Jamaica, transformando-se em um pirata tão sanguinário que poucas vezes deixava suas vítimas viverem para relatar o que tinha acontecido. Ele concentrava suas atividades de saque ao largo do litoral da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, e o valor do que conseguia amealhar era tão alto que o governador daquela colônia britânica manteve com ele, por mais de ano, uma sociedade clandestina que praticamente garantia ao navio pirata livre trânsito pela região marítima sob sua jurisdição.
Em 1718, Londres decidiu acabar de vez com a pirataria e para isso concedeu anistia geral a todos os piratas. Muitos se interessaram pela oferta, inclusive Tea-ch, que decidido a aceitá-la passou a apreciar a vida em terra, casando-se pela 14ª vez. Mas essa tentativa durou poucos meses porque o apelo do mar e o gosto pela aventura tornaram-se tão fortes que Barbanegra voltou à ativa.
Antes disso Teach tinha capturado um belo veleiro francês de 103 pés de comprimento, três mastros e vinte canhões, aos quais acrescentou mais vinte. Batizando a embarcação com o nome de A Vingança da Rainha (Queen Anne’s Revenge), usou-a para estender suas atividades ao litoral da Virgínia e ilhas do Caribe, até que no dia 22 de novembro de 1718, dois navios de guerra ingleses surpreenderam o veleiro do pirata próximo ao litoral da Carolina do Norte. No combate que se seguiu, Barbanegra morreu vitimado por mais de 25 tiros e facadas.
A versão que explica o afundamento do Queen Anne’s Revenge diz que Barbanegra encalhou seu barco e um outro que procurou ajudá-lo, o Adventure, em águas pouco profundas, após haver bloqueado o porto de Charleston, na Carolina do Sul, aonde fora em busca de medicamentos, tornando-se, dessa forma, presa fácil para os marinheiros ingleses. Robert Maynard, o tenente da Marinha britânica que chefiou a ação, cortou a cabeça de Teach e pendurou-a no mastro principal de seu navio para provar a todos que a legendária figura não existia mais.
Em 1997, investigadores que há anos buscavam os dois navios no fundo do mar, encontraram os restos de uma embarcação que eles acreditam ser uma das que procuravam. E o que os leva a essa avaliação são a quantidade e o tamanho dos canhões, e um sino de bronze com 12 polegadas de diâmetro, onde está gravado o número 1709. Os exploradores não tinham nenhuma esperança de encontrar o tesouro do pirata pois sabiam que antes de morrer, Barbanegra havia contado a seus homens que a maior parte dos objetos de valor de seus saques estava enterrada dentro de um baú, mas não revelou a ninguém o local onde este se encontrava.
Barbanegra, apelido de Edward Teach, personagem real, acabou sendo imortalizado no livro “A ilha do tesouro”, de Robert Louis Stevenson.
A partir de certa época começou a navegar com o capitão Benjamim Hornigold, um conhecido pirata, assumindo o semblante e o modo de vestir que deixava os inimigos aterrorizados: mais alto que a maioria dos homens de sua época, usava barba negra trançada que cobria a parte inferior do seu rosto e lhe caía sobre o peito, vestia capa e chapéu negros, e trazia à cintura várias pistolas, como se estivesse desejando demonstrar que estava sempre pronto para a luta (na ilustração, Barbanegra segundo uma litografia do século 18).
Mas com o fim da guerra contra a Espanha, em 1713, os bucaneiros oficiais perderam um emprego que lhes garantia excelente provisão de rendas, já que costumavam desviar parte do saque. Teach, como muitos outros marinheiros, passou então a atuar de forma independente, formando para isso um bando de piratas. Sua estratégia de ataque no mar, conforme revelam alguns registros sobre a vida do bucaneiro mais famoso de que a história tem notícia, era sempre a mesma.
Ao constatar qual a bandeira do navio que se aproximava do dele, e que embora ainda distante era observado cuidadosamente pelo capitão graças a uma luneta de longo alcance, ele içava em seu barco um pavilhão com as mesmas cores, substituindo-o pelo dos piratas – caveira sobre dois ossos cruzados – somente quando já estava suficientemente perto para disparar tiros de canhão contra o inimigo na iminência de ser abordado, como que a alertá-los sobre sua exigência de rendição imediata. Geralmente os navios mercantes se entregavam sem luta, mas caso não o fizessem, eram invadidos pelos piratas, que para isso se valiam de cordas presas a ganchos atirados contra as velas adversárias.
Barbanegra (Blackbeard, em inglês), começou a atuar em 1716, na costa atlântica dos Estados Unidos e da Jamaica, transformando-se em um pirata tão sanguinário que poucas vezes deixava suas vítimas viverem para relatar o que tinha acontecido. Ele concentrava suas atividades de saque ao largo do litoral da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, e o valor do que conseguia amealhar era tão alto que o governador daquela colônia britânica manteve com ele, por mais de ano, uma sociedade clandestina que praticamente garantia ao navio pirata livre trânsito pela região marítima sob sua jurisdição.
Em 1718, Londres decidiu acabar de vez com a pirataria e para isso concedeu anistia geral a todos os piratas. Muitos se interessaram pela oferta, inclusive Tea-ch, que decidido a aceitá-la passou a apreciar a vida em terra, casando-se pela 14ª vez. Mas essa tentativa durou poucos meses porque o apelo do mar e o gosto pela aventura tornaram-se tão fortes que Barbanegra voltou à ativa.
Antes disso Teach tinha capturado um belo veleiro francês de 103 pés de comprimento, três mastros e vinte canhões, aos quais acrescentou mais vinte. Batizando a embarcação com o nome de A Vingança da Rainha (Queen Anne’s Revenge), usou-a para estender suas atividades ao litoral da Virgínia e ilhas do Caribe, até que no dia 22 de novembro de 1718, dois navios de guerra ingleses surpreenderam o veleiro do pirata próximo ao litoral da Carolina do Norte. No combate que se seguiu, Barbanegra morreu vitimado por mais de 25 tiros e facadas.
A versão que explica o afundamento do Queen Anne’s Revenge diz que Barbanegra encalhou seu barco e um outro que procurou ajudá-lo, o Adventure, em águas pouco profundas, após haver bloqueado o porto de Charleston, na Carolina do Sul, aonde fora em busca de medicamentos, tornando-se, dessa forma, presa fácil para os marinheiros ingleses. Robert Maynard, o tenente da Marinha britânica que chefiou a ação, cortou a cabeça de Teach e pendurou-a no mastro principal de seu navio para provar a todos que a legendária figura não existia mais.
Em 1997, investigadores que há anos buscavam os dois navios no fundo do mar, encontraram os restos de uma embarcação que eles acreditam ser uma das que procuravam. E o que os leva a essa avaliação são a quantidade e o tamanho dos canhões, e um sino de bronze com 12 polegadas de diâmetro, onde está gravado o número 1709. Os exploradores não tinham nenhuma esperança de encontrar o tesouro do pirata pois sabiam que antes de morrer, Barbanegra havia contado a seus homens que a maior parte dos objetos de valor de seus saques estava enterrada dentro de um baú, mas não revelou a ninguém o local onde este se encontrava.
Barbanegra, apelido de Edward Teach, personagem real, acabou sendo imortalizado no livro “A ilha do tesouro”, de Robert Louis Stevenson.
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