O Sanatório de Waverly Hills


Em 1900 um surto de tuberculose atingiu a cidade de Louisville, no estado americano do Kentuck, o que fez as autoridades providenciarem um hospital com a finalidade de cuidar dos doentes. Assim, em 1910, um sanatório de madeira de dois andares foi inaugurado, que consistia de um edifício administrativo/principal e dois pavilhões ao ar livre, com capacidade para 20 leitos, totalizando 40 leitos, para o tratamento de "casos iniciais".
Como os casos de tuberculose só aumentavam, foram adicionando mais e mais leitos, até que ele chegou a ter 150, sendo que 50 pertenciam ao pavilhão infantil.
Como a manutenção da estrutura de madeira do local consumia recursos e tempo e não suportaria mais leitos, as autoridades decidiram fazer um grande hospital com 5 andarem e com espaço para mais de 400 leitos, que foi inaugurado em 1926. Durante os 17 anos seguintes, milhares de pacientes passaram pelo local e muitos deles morreram.
Com a introdução da streptomicina em 1943, o número de casos de tuberculose foi reduzido gradualmente, até que não havia mais necessidade de um grande hospital. Os pacientes que restavam em Waverly Hills foram enviados para o Sanatório Hazelwood em Louisville. Assim, em 1961 o sanatório de Waverly Hills foi fechado .
O prédio foi reaberto em 1962 com o nome de Woodhaven Geriatric Center, uma espécie de asilo, que tratava desde pacientes com demência, dificuldade de mobilidade até grave deficiência mental. Woodhaven foi fechado pelo estado em 1982, que alegou tratamento negligente aos pacientes, como às vezes é comum nesses ambientes de instituições sob pessoal e superlotadas.
Em 1983 o prédio foi comprado por 3.005 mil dólares. A intenção dos compradores era convertê-lo em uma prisão de segurança mínima para o Estado do Kentuchy, mas o plano foi abandonado depois de muita reclamação dos vizinhos. Então foi proposto converter o hospital em apartamentos, mas dificuldades financeiras não deixaram o projeto sair do papel.
Em 1996, Robert Alberhasky comprou Waverly Hills e a área circundante com a intensão de reformar o prédio e construir no topo a maior estátua de Jesus Cristo do mundo, com mais de 46 metros de altura, além de transformar o local em uma capela. O plano não deu certo porque o dinheiro arrecadado com os fiéis foi muito pouco.
Finalmente em 2001, Waverly Hills foi vendida para Tina e Charlie Mattingly, sabendo que milhares de pessoas perderam suas vidas no local enquanto ele foi hospital e depois asilo, que transformaram o local em uma atração turística, uma casa assombrada, e ganham dinheiro com o ingresso que cobram para as pessoas e as diversas equipes de caça fantasmas que visitam o local. Além disso, estão restaurando o prédio aos poucos.


Tunel da Morte



Como o próprio nome sugere, o sanatório foi construído no alto de uma colina (hills). Para evitar que médicos, enfermeiros e fornecedores fizessem uma subida perigosa, foi construído um túnel com 150 metros de comprimento que leva da base da colina até o hospital. Havia um conjunto de trilhos e um carro movido por um sistema de cabo motorizado para que suprimentos pudessem ser facilmente transportados para o topo por esse túnel, e a cada 100 metros havia dutos de ar que iluminavam o local.

Como não havia remédio muito eficiente contra a tuberculose, o tratamento no hospital geralmente consistia de lâmpadas de calor, ar fresco, água e muito pensamento positivo. Só que com a epidemia no auge, morriam muitos pacientes por dia, e não era uma visão muito boa testemunhar toda hora corpos passando na sua frente, por isso resolveram escoar os corpos por esse túnel, através do carrinho que levava os suprimentos. Os pacientes eram colocados neles e desciam para um carro de funerária que esperava na base.

Famosos Fantasmas pela midia e algumas aparições:


Timmy: No 5º andar ficavam os leitos das crianças vitimas da "Peste Branca" - como também foi conhecida a tuberculose - e um terraço chamado de Solarium, onde as crianças podiam brincar sem sair do isolamento do hospital. Entre as crianças estava Timmy, um menino que morreu aos dez anos e que gostava muito de brincar com as bolinhas que ficavam dispostas em um canto do Solarium. Gostava "tanto" da brincadeira que brincava mesmo depois de morto, pois as bolinhas se mexiam ou eram lançadas como se "alguém invisível" as jogasse, para o espanto das enfermeiras e demais crianças. A série Ghost Hunters fez uma visita ao local e registrou uma assinatura térmica que acreditam ser de Timmy. Em outra visita, a equipe deixou uma bola de futebol no corredor e ela foi chutada por 5 metros!

Ghost Hunters consegue capturar com câmera térmica algo com 1.20m de altura atravessando o corredor. 
Seria Timmy?

Elizabeth Becher e Jane An Hurley: Foi considerado o primeiro caso de manifestação espectral no sanatório. As duas dividiam o mesmo quarto quando Jane An morreu. Dias depois Elizabeth começou a "delirar" dizendo que conversava e via todos os dias a companheira de quarto morta. Tempo depois, Elizabeth também morreu e outros pacientes viam as duas passeando pelo corredor do quarto 418.

Joseph Cottons: Um dos médicos, responsável pela área cirúrgica do hospital. Depois de assistir a morte de médicos e pacientes, ele radicalizou achando que tinha descoberto a cura ou, pelo menos, uma forma de abrandar a dor dos tuberculosos: Devido ao inchaço dos pulmões, as costelas eram pressionadas, causando dor e muitas vezes, por conta da fragilidade dos órgãos a perfuração dos mesmos. Joseph achou que serrando as costelas dos pacientes esse sofrimento cessaria. Já que a anestesia nas décadas de 20 e 30 não era algo considerado "eficaz", muitos morriam durante a cirurgia. Após a morte de Joseph, no corredor do 4º andar (onde fica a sala de cirurgia), os atuais zeladores do lugar já viram um homem usando um jaleco branco. Esse vulto toma a forma de uma sombra disforme que vai tomando o lugar até escurecê-lo por completo. É o fantasma mais ativo e violento do sanatório, já que ele se manifesta batendo nas paredes ou jogando objetos.

Mary Hillenburg: Enfermeira do Waverly Hill Sanatorium, engravidou de um médico casado. Há controvérsias sobre sua morte - ela foi encontrada pendurada pelo pescoço no quarto 502. Por conta da visão, mais "conveniente" foi acreditar que ela tirou a própria vida sem motivo aparente, mas alguns dados dizem que ela sofreu um aborto (muito) mal sucedido feito pelo pai da criança que esperava. Para que o caso não viesse a tona e, assim, destruísse sua carreira, o médico montou a cena do crime para que parecesse mesmo um suicídio. Desde então Mary vaga pelo sanatório tentando dizer como morreu realmente.










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